Vou de bicicleta, e você?


ImagemPost originalmente publicado na Revista Ecológico online

 

A cada dia, mais pessoas estão aderindo à moda de ir e vir de bicicleta. Isso é uma ótima mudança pelos inúmeros motivos que já sabemos: redução do número de carros em circulação, redução da poluição, diminuição dos engarrafamentos e por aí vai. Se analisarmos do ponto de vista de saúde, a lista de benefícios cresce ainda mais: melhora do condicionamento físico, exercício para o bom e velho coração, arejamento do cérebro e mais um monte de coisas boas.

Se andar de bicicleta é tão bom para as pessoas e para as cidades porque ainda estamos tão atrasados?

É isso mesmo. Se compararmos a realidade das grandes cidades brasileiras com a das demais metrópoles do mundo vamos perceber que estamos muito longe. Em cidades da Europa a bicicleta é veículo de transporte público. Em Barcelona a prefeitura mantém pontos estratégicos de bicicletas públicas onde as pessoas podem retirar as bicicletas,  deslocarem-se e devolverem em outro ponto. Esses pontos são interligados por uma rede de ciclovias que dão segurança e tranquilidade para os ciclistas.

Em terras tupiniquins a coisa é bem diferente. Ainda somos estimulados a usar e comprar carros. Em BH e SP, por exemplo, as prefeituras estão criando ciclovias em algumas avenidas, mas é só isso. Não existem políticas públicas efetivas de estímulo e incentivo às pedaladas. As prefeituras, os governos e afins não facilitam o uso da magrela. Por que não reduzir os impostos sobre as bicicletas? Porque não criar estacionamento para bicicletas nos centros? Porque não criar bicicletários nas estações de metrô e de ônibus? Porque não criar pontos públicos de bicicletas?

Recentemente em BH passei a utilizar o metrô no meu deslocamento diário para o trabalho. Procurei na estação um local para guardar a minha bicicleta, mas fui informado que na Estação 1º de Maio não existem locais disponíveis para as bicicletas e que no metrô elas tem regras muito restritas só podendo circular nos trens depois da 20h30. Enfim, no metrô de BH as bicicletas ainda não são bem vindas.

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Quando se trata de mobilidade urbana é necessário ter coragem e ousadia. Infelizmente nossas autoridades insistem nas velhas e ineficientes alternativas de transporte. Melhorar a mobilidade requer investimentos altos, porém os benefícios são enormes. Quando se relativizar a supremacia do transporte rodoviário no Brasil em favor dos trens, por exemplo, teremos menos mortes nas rodovias. Quando tivermos mais segurança para os ciclistas, vamos ter muito menos horas nos engarrafamentos, ônibus entupidos e outros problemas tão comuns no nosso dia a dia.

Que venham as bicicletas!!

Bicicletas de Barcelona, Paris, Londres…


Bicicletas para aluguel em Barcelona

Olá, pessoal!

Em nossas andanças e mochilanças este mês uma coisa nos chamou muito a atenção: a quantidade de bicicletas para aluguel espalhadas pelas cidades como Barcelona, Paris e Londres, como uma forma de eficiente transporte público. Em São Paulo sabemos que o movimento está começando. Aqui em BH, que eu saiba ainda não – e vai ser bem mais difícil pegar, porque aqui é um mar de morros muito íngremes em vários potnos da cidade.

Mas para cidades mais planas, especialmente litorâneas, como é o caso de Barcelona, os pontos de aluguel de bicicleta são uma mão-na-roda. Pena que lá só os residentes podem usá-las. Cada morador recebe em casa um cartão, com o qual pode comprar crédito para andar de bike o quanto quiser. Na hora de usar, basta pasar o cartão na leitora e assim liberar uma das “magrelas” pra uso. O

grande trunfo é que os pontos são muito bem distribuídos, aproximadamente a cada três quarteirões nos locais mais movimentados. Assim, perto de qualquer lugar para onde você for haverá ponto onde pode deixar a bicicleta, passar de novo o cartão, debitando automaticamente o crédito usado, e caminhar até o destino. Em Paris, a primeira meia hora é grátis, de forma que pequenos percursos são simplesmente “na faixa”!

Formidável, não é mesmo? E isso estimula as pessoas a adotarem esse veículos com mais frequencia: muitos, mesmo tendo a opção de alugar, acabam comprando para usar em outras cidades ou locais menos abastecidos de pontos de aluguel. Bicicletas e vespas existem de monte na Europa, transportando mesmo crianças e executivas de tailleur e salto alto. Economizam espaço, diminuindo muito o trânsito, poupam combustíveis fósseis, emitem menos poluentes e transportam com segurança e graça!