Ode às fruteiras: o charmoso hábito brasileiro


Foto: Alessandro Leite @ Flickr
Uma foto bem, digamos, retrô em homenagem às mesas de vovós com fruteiras

Eu confesso: até bem pouco tempo, não era fã de usar frutas para enfeitar  a mesa, não. Achava coisa cafona, de sala de jantar de tia-avó. Mas de tanto o Dan falar que gostava, que frutas são bonitas, que lhe traziam uma sensação boa, de abundância, acabei cedendo. E não é que ele tinha razão?

Nossas mães e avós tinham o costume de colocar uma fruteira – que podia ser simplesmente uma gamela de madeira velha ou  uma tigela improvisada – para enfeitar as mesas da cozinha e sala de jantar. Com o tempo, acabamos substituindo esses hábitos por instalar no nobre centro das mesas umas fruteiras “chiques” com bolas de isopor ou resina enfeitadas. (? que raios….) Era o máximo modernoso! Agora, já isso é cafona também.

Agora aqui em casa ou temos um vaso de flores (aqui que máximo, ó 😉 ou uma boa e velha fruteira cheia de frutas. Quando elas vão minguando, porque acontece, retiro ela para a cozinha até passar no sacolão e recheá-la de novo.

Porque fruteiras são legais:

  1. Frutas são uma decoração bonita e barata – e, há quem diga, ‘vintage’ 😉
  2. A decoração muda a cada passadinha no mercado, feira ou sacolão
  3. O mais importante: incentiva você a comer melhor. Frutas à mão = mais frutas na barriga

Por isso, esconda aquele vidro pomposo com doces e coloque a fruteira à vista.

Pelo retorno das velhas, boas e simples fruteiras cheia de delícias frescas enfeitando as nossas mesas!

Transgênicos: alerta no rótulo


Aviso de transgênicos

Você já deve ter notado que algumas embalagens vêm agora com um triângulo amarelo, com um “T” escrito dentro, não é? Significa que o produto contém algum transgênico em seus ingredientes. Agora esse alerta é obrigatório.

Esses dias fui comprar amido de milho (também conhecido pelo nome da popular marca ‘maizena’), e fiquei sem opção: simplesmente TODAS as marcas tinham o famigerado “T” em seus rótulos. Fazer o que, pensei, vou ter que levar milho transgênico pra casa.

Já pesquisei sobe os impactos de transgênicos sobre a saúde e sobre o meio ambiente, na época em que eles começaram a entrar no mercado e a legislação brasileira regulamentou o uso deles no País. Conclusão simples: até agora ninguém comprovou dano algum na saúde ou na natureza.

Transgênico é quando usam um gene de outro organismo (geralmente bactérias) para melhorar variedades de milho, soja ou outro produto agrícola. Há transgênicos que sobrevivem melhor a estiagens, pragas, etc. Eca, você pode pensar, vou comer bactérias? Não exatamente. Você vai comer pedaços de DNA produzidos por elas. E já come coisa muito mais esquisita, posso lhe garantir (fungos, lactobacilos, etc). O problema que pode ter é se você for alérgico a alguma substância que o milho, soja ou o que seja passa a produzir depois de ter recebido o DNA alheio. Não há evidências de que o DNA importado faça nenhum outro mal ao seu corpo.

Já ao meio ambiente, a história é mais complicada, na minha opinião. Há quem diga que as lavouras transgênicas façam os seus predadores (geralmente pragas como fungos de plantação e insetos) evoluírem mais rápido para superar a nova habilidade da planta. Mas não vejo por que isso seria exatamente ruim ecologicamente – mas sim economicamente. É como as bactérias e os vírus causadores de doenças, que acabam ficando mais resistentes porque sempre selecionados os mais fortes, ao usarmos remédios – por isso, meu caro, é importante seguir direitinho a receita médica e tomar os antibióticos por todo o tempo estipulado, para não deixar sobrar alguns super-vírus e bactérias para contarem a história pros seus netos.

Outro porém dos transgênicos no ambiente é que não tem como barrá-los. O pólen de um cultivo de milho transgênico na certa vai ser levado pelo vento e se misturar a outros milhos, não transgênicos, e logo não vamos ter mais tanto controle sobre o que é e o que não transgênico.

Minha opção? Prefiro NÃO-transgênicos. Por quê, se acabei de dizer que eles não são assim perigosos quanto alguns dizem por aí? Por isso aqui: transgênicos muitas vezes são feitos para resistir a altos níveis de agrotóxicos, para os produtores poderem tascar mais veneno nas plantações – e assim terem perdas mínimas. Quem ganha com isso são grandes empresas, como Monsanto, que vendem o transgênico e o agrotóxico. E o pior: geralmente as sementes são feitas de forma a não produzirem uma segunda ou terceira geração. Assim os agricultores são obrigados a sempre comprar da mão deles.

Transgênicos são uma das facetas de uma agricultura que não é a nossa cara. Gostamos mesmo é daquelas  lavouras de pequena escala, familiares, que produzem feijão, mandioca e outras delícias para nossa mesa, mais fresquinhas e menos exportadas. Por isso, se vejo o triângulo amarelo nos rótulos, prefiro não levar, obrigada

Receita de quibe assado vegetariano


Olás!

Por aqui seguimos testando novas receitas vegetarianas. Uma que deu muito certo,e é uma de nossas favoritas agora, é o quibe (ou seria kibe?) vegetariano ao forno. Segue a receita!

 

 

QUIBE ASSADO VEGETARIANO

  • 250g de trigo para quibe
  • 1 ovo
  • farinha até dar o ponto
  • mussarela ou outro queijo, a gotos, para rechear
  • uma cebola, para a massa a o recheio
  • hortelã a gosto
  • salsa e cebolinha a gosto
  • sal a gosto
  • pimenta do reino ou pimenta síria a gosto
  • azeite a gosto

Deixe o trigo de molho por alguma horas, até que esteja bem hidratado. Esprema para sair o excesso de água. Adicione o ovo e um pouco de farinha de trigo, até dar liga. Tempere com metade da cebola picadinha bem miúdo, azeite, sal, pimenta, hortelã, salsa e cebolinha. Em nossa receita também usamos um pouco de catupiry para ajudar a dar liga e sabor.

Coloque uma camada num refratário de aproximadamente 25 x 25 cm, recheie com queijo fatiado e rodelas finas de cebola, e cubra com outra camada da massa de quibe. Leve ao forno até dourar. Delícia! Ótimo como lanche ou prato principal!

 

Até a Júlia ajudou a fazer, observando tudo do sling. Essa menina vai acabar virando chef de cozinha!

Para vegetarianos…


Vamos falar de comida!

Eu e o Dan andamos abusando, comendo mais carne do que devíamos, em nossas viagens para visitar a família nas últimas semanas. Resultado: consciência reclamando – e intestino também. Resolvemos então dar um tempo e voltarmos a comer só comida estritamente vegetariana esta semana.

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Voltamos das viagens domingo. Geladeira devidamente abastecida de delícias vindas de uma horta orgânica comunitária lá de Coqueiral-MG (terra natal do Dan e onde vivem os pais dele). Chuchu, cenoura e beterraba – especialmente compradas para a introdução da pequena Júlia às papinhas! \o/ ! Também jiló, berinjela, lambari*, tomatinhos miúdos, brócolis e folhas de brócolis. Folhas de brócolis? Explico… é que o cunhado estava fazendo um feijão tropeiro e havia encomendado couve, mas como elas estavam em falta na horta, recomendaram que levássemos folhas de brócoli, que têm sabor parecido – e não é mesmo? Ovos já tínhamos de presente do vizinho, trazidos da roça também.

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???????????????????????????????Segunda-feira: resolvemos experimentar o tal lambari, uma folhinha aveludada que, nos disse o cuidador da horta, ao ser preparada à milanesa, fica parecendo o famoso peixinho. Sabor de peixe não me pareceu muito, não, mas o “trem” frito é danado de bom! Uma boa opção para substituir carne de peixe (sem ser com soja, blé!). Acompanhou salada de tomates, arroz com folhas de brócoli picadinha, castanha e alho tostados no mel e azeite. De janta, o Dan arranjou-nos com um risoto caprichado para aproveitar o arroz, com as folhas de brócoli, requeijão e castanhas do pará.

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???????????????????????????????Terça-feira: hoje preparei um dos meus pratos vegetarianos prediletos: berinjelas recheadas. No recheio, os tomatinhos miúdos mais maduros, o miolo das berinjelas, azeitonas pretas, requeijão, e castanhas do pará, temperados com alho, cebola, azeite e manjericão (do que sobrou da nossa horta em casa). Acompanhou salada de folhas de brócoli cruas com cenoura, um pingo de vinagre balsâmico e de mel, mais arroz branco já pronto (presente da minha sogra, que sempre se preocupa com o que vamos comer quando chegarmos de viagem). Para a janta de hoje, está nos planos caldo verde com batatas e inhame e folhas de brócoli no lugar da couve. E SEM linguiça desta vez.

Para amanhã, planejo fazer uma versão vegetariana de charutos com um repolho orgânico lindíssimo que veio na compra! Depois conto!

bon apetit!

A importância de amamentar com dicas práticas (post para o Food Revolution Day)


Hoje é o dia de revolução alimentar! Idealizada pelo chef britânico Jamie Oliver, esse dia procura lembrar a todos da importância de se alimentar com qualidade e de forma saudável. Por cá, gente como a amiga Nádia Cozzi está mobilizando o Food Revolution Day em SP e outros lugares.

E como participação especial da blogagem coletiva sobre este dia especial, quero falar sobre o alimento mais puro, orgânico e local que se pode encontrar: o leite materno, lógico!!! Amamentar é um ato de amor e de cuidado. É maior expressão da maternidade, ao meu ver, até mais que o parto, pois é mais interativa com o bebê e dura por longos e prazerosos meses. A Júlia, nossa bebê de 5 meses, ainda está em amamentação exclusiva, como recomenda a Org. Mundial de Saúde: leite materno exclusivo até 6 meses, amamentação tornando-se gradualmente complementar até desmame aos 2 anos.

Eu não imaginava que amamentar ia ser um momento tão gostoso! Ok, pode ser às vezes cansativo e menos prático, mas esses detalhes são irrelevantes perto do carinho tão especial que é alimentar o bebê ao seio. É o que a natureza nos deu, o dom de nutrir, por isso o leite materno é perfeito! Ainda não se criou nenhuma fórmula infantil tão boa quanto ele, pois se adequa às necessidades do lactente, fornece anticorpos e todos os outros nutrientes necessários á saúde do bebê.

Então, vamos lá, algumas dicas para as mamães prolongarem a amamentação! Vou combater alguns mitos, com base em leituras e principalmente experiência própria!

  • Meu leite é fraco. Não existe leite fraco. Sério! Isso é conversa! A parte que sai primeiro do peito é mais transparente porque é rica em água e anticorpos, é para matar a sede e proteger. Lembre-se de que bebê amamentado ao seio não precisa beber água, nem é bom dar, porque ele mamaria menos, e leite é muito mais nutritivo.
  • Amamentar dói. Pode doer um pouquinho no começo, quando o mamilo não está acostumado e você produz mais leite que o necessário, então a tendência é “empedrar”. Então vamos lá, vamos diminuir seu desconforto: se sua mama está enchendo demais e doendo por isso, aplique compressa fria antes e depois da mamada. Alivia e desincha, além de ajudar a diminuir a produção de leite. Preste atenção à pega do bebê: tem que fazer boca de peixinho e abocanhar o mamilo quase todo, principalmente a parte de baixo. Tome sol e hidrate o mamilo com o próprio leite ou lanolina. Se não dá pra fazer top less em casa, sereve abajur e, dizem, até secados de cabelos morno. Ajuda a cicatrizar rápido.
  • Meu leite está secando. É comum achar isso por volta do segundo, terceiro mês. Eu mesma entrei nessa crise. Mas não se preocupe, se seu bebê continua ganhando peso, mesmo que aos poucos, mantenha a amamentação exclusiva. O que acontece é que nosso organismo entra em sincronia com o do bebê, e a mama para de armazenar leite demais ou antes da hora. A maior parte do leite, agora, é produzida após o bebê começar a sugar. Você vai sentir o leite descer nessa hora, não mais quando estive almoçando ou tomando banho. Lembre-se de que quanto mais o bebê mama, mais leite é produzido. É por demanda mesmo. Procure usar roupa confortáveis
  • Tenho que trabalhar ou fazer outras coisas. Procure guardar seu leite. Use conchas para seios, bem esterilizadas e limpas, na outra mama enquanto amamenta, para guardar o excesso de leite. Vá juntando numa mamadeira também esterilizada e congele imediatamente. Pode ir acrescentando ao leite já congelado. Complete com leite tirado com uma bombinha ou por ordenha manual (procure no google mais dicas sobre ordenha). Assim outro cuidador pode dar leite materno enquanto você se ausenta. Não se aflija se o bebê não quiser a mamadeira com você. Eles são inteligentes e sabem que você tem mamá no peito, outros não, então quando estiver com fome vai aceitar ser alimentado por outra pessoa com seu leitinho na mamadeira.

Curta o momento, passa logo! Já sei que vou sentir muita saudade de amamentar!

Mais sobre o evento:

http://alimentopuro.synthasite.com/food-revolution-day.php

http://nutricionistainfantil.blogspot.com.br/2013/05/food-revolution-day-dicas-para-pratica.html

http://infancialivredeconsumismo.com/index.php/tag/food-revolution-day/

etc etc etc 🙂

Receita de torta de aveia (vegetariana)


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Atenção, vegetarianos! Descobrimos mais uma receita fácil e rápida para o lanche da tarde ou como prato principal, acompanhado de uma boa salada.

Descobrimos na embalagem de aveia da yoki – muito legal a idéia antiga de divulgar receitas em embalagens, devo dizer! É uma torta baseada em aveia, muito nutritiva! Para os carnívoros, podem trocar o recheio por frango desfiado. Para os que comem peixes,

 

também podem variar com atum. E outras opções de recheios vegetarianos incluem milho, palmito, escarola.

Bom apetite!

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Torta Cremosa de Aveia

Massa:

  • 1 xícara de chá de leite
  • 3 ovos
  • sal a gosto
  • 1/2 xícara chá de óleo
  • 200g de queijo tipo minas ralado grosso
  • 50g (1 pct) de queijo parmesão ralado
  • 1 xícara chá de aveia em flocos
  • 1/2 xícara chá de farinha de trigo
  • 1 colher sopa de fermento em pó

Recheio:

  • 100g de queijo prato em fatias finas
  • 1 tomate grande picado
  • 1 colher sopa de orégano
  • 1 colher sopa de azeite
  • 10 azeitonas pretas picadas
  • queijo parmesão ralado para polvilhar a torta

Como fazer:

  1. Bata no liquidificador o leite, ovos, sal, óleo e queijo, até ficar um creme grosso.
  2. Acrescente o queijo parmesão, a aveia em flocos (reserve um pouco para polvilhar), a farinha de trigo e o fermento. Unte uma forma com 26 cm de diâmetro com óleo e polvilhe com aveia. Despeje metade da massa.
  3. Recheie com o queijo prato, o tomate temperado com orégano, azeite e azeitonas.
  4. Cubra com o restante da massa.
  5. Polvilhe por cima aveia e queijo parmesão. Asse em forno médio pré-aquecido por 40 minutos ou até a superfície dourar.

Dica: da próxima vez eu vou adicionar cebola ao recheio!

 

Food Revolution Day – Brasil


E dando sequência ao post anterior (juro que foi coincidência!), recebemos o e-mail da Nádia Cozzi para divulgação do Food Revolution Day em SP. Puxa, podíamos fazer algo assim em Bh tb, né? Segue divulgação 🙂

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“O Food Revolution Day (Revolução na Alimentação), criado pelo Chef Jaime Oliver, este ano acontecerá no dia 17 de Maio. É um dia de ação global para que as pessoas entendam sua relação com o alimento e desenvolvam suas habilidades essenciais na cozinha, de maneira prática e rápida como precisamos no mundo de hoje.

 

O nosso Movimento Revolução pela Alimentação reunirá pessoas da área em um grande movimento de Blogs, Redes Sociais e Sites dando dicas, informações e receitas. Levará conhecimentos sobre o que é uma alimentação mais saudável e que não é tão difícil assim conseguir mudanças, às vezes apenas uma troca de ingredientes já faz uma grande diferença. Veja as atividades que já estão confirmadas pelo link http://alimentopuro.synthasite.com/food-revolution-day.php

 

Quem quiser se juntar a nós seja como ouvinte, divulgador, profissional da área, mídia impressa ou virtual, entre em contato com Nadia Cozzi pelo email: nacozzi@hotmail.com.

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Cozinha rápida = fast food?


Quem acompanha o blog há mais tempo participou do nosso desafio “Cozinhe mais, alimente-se melhor”. Foi muito bacana, com gente se inspirando a passar mais tempo prazeroso na cozinha, e até encorajando quem nunca tinha ficado no fogão a arriscar – e conseguir! – fazer omelete! =P

Sempre defendemos que cozinhar não é assim tão trabalhoso e demorado como pensamos. Slow food é um conceito maravilhoso! – mas que só funciona para restaurantes especializados, um num fim de semana raro de folga de verdade. Na vida real da gente, dia-a-dia, infelizmente temos pouco espaço para a beleza da cozinha lenta. Mas existem muitas formas de cozinhar de forma rápida, mas igualmente saudável!

O Jamie Oliver também pensa assim (veja o Food Revolution!). E foi o que me fez seguir o canal dele no Youtube. Olha só quantos vídeos inspiradores para encorajar-nos a cozinhar mais em casa:

Uma refeição em menos de cinco minutosÉ o desafio a que o chef se propõe, e, claro consegue vencer, motivando adolescentes ingleses a cozinhar a própria comida.

http://www.youtube.com/watch?v=5z_d0soK1cI

Cozinha completa, mas minimalista – Esqueça o consumismo das centrífugas e jogos de faca do polishop! Pode parecer uma grande lista, mas você já deu uma olhada nos seus armários da cozinha?

http://www.youtube.com/watch?v=fGuCTm5clYA

Jamie x Nuggets – Onde ele acaba com miojos, nuggets e outros processados que prometem comida rápida, fácil e barata.

http://www.youtube.com/watch?v=RKCYucvop1U

Para quem se interessa pelo tema, vale conhecer o Food Revolution que o chef britânico promove. Aqui no Brasil, nossa parceira Nadia Cozzi também está botando a mãe na massa para mobilizar uma Revolução na Alimentação por cá! Para participar, envie um email para ela: nacozzi@hotmail.com

boa diversão e bom apetite! 🙂

 

**UPDATE: e falando em rapidez na cozinha…olha que coicidência: a Lu Guilen acaba de postar uma sugestão deliciosa de lanche rápido e saudável! Boa pedida pra um picnic de feriado! 🙂 A receita vai já pro nosso Pinterest! Aliás, o blog dela e nosso pinterest estão recheados de boas idéias pra cozinhar rápido e com saúde

Comidas boas e saudáveis


Olá, pessoal! Passei por aqui só para dizer que a bebê está quase chegando…. a futura avó até adiantou a passagem para chegar mais cedo!

Enquanto isso, muitos preparativos e atenção à alimentação. Por isso vou deixar com vocês umas fotos de delícias que temos feito ultimamente: tortinha de morangos, doce de maçã com gelatina da vovó, e risoto (aproveitamento da sobra do dia anterior com criatividade!).

E a seguir a receita do que almocei hoje, receita da minha mãe, ótimo para refeições rápidas e uma janta leve: pizza de batata e atum.

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Receita: pizza de batata

  • 3 batatas médias, cortadas em rodelas de 1 cm
  • 2 ovos levemente batidos
  • 1 ou 2 tomates (de preferência italianos, e orgânicos ) picados em cubinhos ou ralados
  • 1/2 cebola grande picada em cubinhos
  • 4 fatias de mussarela
  • 1 lata de atum
  • 1/2 a 1 xícara de queijo parmesão ou outro de sua preferência, ralado e a gosto.
  • Tempero a gosto: sal, azeite, orégano, azeitona, sala e cebolinha, manjericão

O preparo não poderia ser mais simples: cozinhe as rodelas de batatas, de preferência no vapor, para manter mais nutrientes. Enquanto isso, misture a cebola, tomates, atum e temperos. Disponha as rodelas e batatas em uma assadeira regada de azeite. Tempere as batatas com azeite e sal. Por cima, despeje os ovos levemente batidos. Se quiser, acrescente creme de leite e/ou requeijão cremoso, que adicionam algumas calorias, ma também deixam a comida mais saborosa e menos seca. Acrescente a mistura de cebola, tomates e atum, cubra com as fatias de mussarela e o queijo ralado. Ponha para assar até derreter bem  queijo, e bom apetite!

Opções: você pode optar por fazer só com tomates, caso seja vegetariano, ou substituindo o atum por presunto ou bacon, caso seja um carnívoro! 😛

Ingredientes ecologicamente corretos


Foto: Terra / A Arca do Gosto – Slow Food

Vem a moda do salmão, e todo mundo avança nos salmões. É uma carne muito saborosa, dizem. Eeu não acho muita graça. Tem muito ômega 3, as revistas dizem. Os selvagens, pescados, têm sim, mas os criados em cativeiro, para atender à demanda dessa moda, não têm praticamente nada de O3, porque não fazem esforço para subir correnteza.

Essas comidas da moda sobre-exploram uma espécie e podem até levá-la à beira da extinção. Enquanto isso, pelo motivo inverso, outras espécies vão desaparecendo: o arroz vermelho, o licuri, a castanha de baru, a mangaba. A organização “A Arca do Gosto” trabalha tentando resgatar esses ingredientes maravilhosos que estão ameaçados de extinção, seja por sobre-exploração seja por esquecimento.

Você já reparou que cada vez mais as comidas vão se resumindo a ingredientes comuns ao mundo todo? Trigo, milho, soja, frango e boi acabam sendo a base de grande parte da alimentação mundial. Mas nem sempre foi assim. Cada comunidade nativa criava uma gastronomia própria, baseada naquilo que tinha em sua região. Assim surgiram as culinárias mexicana, japonesa…

Hoje eu faço meu próprio manifesto em favor de uns ingredientes menos “commoditizados”, e que têm sabor muito melhor que o seu equivalente mais conhecido:

Mel de abelha jataí: descobri esta semana e me apaixonei!! Muito mais perfumado e saboroso que o mel das abelhas africanas e européias. Tem um cheiro que lembra flores brancas, como dama-da-noite e jasmim, e um sabor que parece mais ácido, menos enjoativo, simplesmente indescritível! São abelhas nativas, que não picam (têm o ferrão atrofiado), e não são mais usadas “industrialmente”  porque produzem em menor quantidade que suas concorrentes. Dá para criar jataís em casa, e o Dan e eu estamos planejando….hehe 😀

Foto: Neide Rigo

 

– Limão capeta e limão galego: limões menores, o primeiro alaranjado por fora e por dentro, o segundo menor e amarelinho. São facilmente encontrados na roça, mas quase não se acha nos grandes mercados – não me perguntem por quê. Para mim, eles têm um sabor e aroma maravilhosos, e se adaptam muito melhor aos pratos, chás e limonadas que o famosão limão siciliano (que acho cheiroso, mas não gosto do sabor).

 

Quando for lembrando de mais coisas, vou postando. 🙂

A gente tem que valorizar mais os ingredientes regionais! Os europeus, principalmente franceses, italianos e espanhóis, fazem isso muito bem, e dessa auto-estima e capricho foram criados queijos como o roquefort, a champagne, a linguiça toscana e tantas outras maravilhas que o resto do mundo tenta – só tenta – imitar!

Eu nem preciso falar do maravilhoso queijo canastra aqui de Minas, né? Sem falar das goiabadas cascão, mangada e outras delícias! 😛

Agrotóxicos – todos os dias em nossas mesas…


Dá até um nó na garganta… mas a gente tem de ler esses dados às vezes.

O negócio é converter indignação em ação: vale a pena plantar sua própria salada e pagar mais caro por produtos orgânicos, produzidos localmente, com o suor e carinho de agricultores!

Guia de Consumo Responsável de Pescados


Já fazemos assim há mais de ano: comemos carne vermelha e embutidos raramente, frango de vez em quando (principalmente quando é caipira), e peixes e frutos do mar com mais frequência. Ao todo, comemos carne 1 a 2 vezes por semana. Tem funcionado, a gente não fica louco de vontade de churrasco – não mesmo!, não precisa tomar suplemento de proteína, ferro nem vitamina B12, e ainda se economiza muito na compra.

Procurando comer mais peixes, vale a atenção para não comer os que estão em risco de extinção por causa de sobre-exploração. Pra dar uma ajudinha, está aqui o Guia de Consumo Responsável de Pescados, produzido pela Unimonte. Deixe na sua sacola de compras! 🙂


6 Dicas para preparar uma ceia de Natal Sustentável


 

(Post originalmente publicado em www.coletivoverde.com.br)

E aí pessoal tudo bem? Estamos passando por aqui para falar um pouco sobre sustentabilidade nas festas de fim de ano. Primeiro a Carol falou dos presentes e agora vou falar um pouco sobre a ceia de Natal e Ano Novo.

Essa época tão aguardada por todo mundo é um momento de celebração, de confraternizações, festas e presentes. A maioria das pessoas se reúne aos amigos ou a família e preparam a famosa Ceia de Natal ou Jantar de Ano Novo.
Tudo é muito gostoso, mas você sabe a origem da sua comida? Você sabe de onde ela vem? Como ela é produzida? Para onde vai o lixo e as embalagens? Afinal, você já parou para pensar no impacto ambiental que é gerado com os preparativos de uma Ceia de Natal?

Para curtirmos as festas de fim de ano, comermos à vontade sem agredir o meio ambiente, estamos convidando as pessoas a fazerem um final de ano diferente, incorporando nas ceias e jantares uma pitada de sustentabilidade. Quer saber como?

6 Dicas para prepara uma ceia de Natal Sustentável:

 Evite produtos importados

No livro “O Mundo é o que você come” (recomendamos a leitura) é feita uma análise sobre a origem da nossa comida e o longo caminho que ela percorre até chegar na nossa mesa.

Por exemplo, as nozes que quebramos na ceia de natal são produzidas nos EUA, principalmente na Califórnia e Oregon. As avelãs vêm da Espanha, Portugal e também dos EUA. Elas navegam, voam e andam por milhares de quilômetros quando são consumidos milhares de litros de combustível até a nossa mesa. Já pensou nisso?

Que tal trocar as nozes e avelãs pela castanha do Brasil produzida na Amazônia ou a noz pecã produzida no Sul do país? São produtos nacionais tão nutritivos e saborosos quanto as outras castanhas, e o melhor, o impacto na produção e comercialização é muito menor que o das importadas.

 Troque os refrigerantes e suas famigeradas garrafas PET por sucos naturais de frutas da época

Nem precisa falar o quanto isso é melhor para o meio ambiente e principalmente para a sua saúde e da sua família.

 

Procure consumir vinhos e espumantes nacionais

O Vale dos Vinhedos no Sul do Brasil produz bebidas de excelente qualidade que não perdem em nada para as importadas.

 
 
 
 
Prefira orgânicos

Escolha frutas e legumes para orgânicos para preparar as receitas de natal.

Se a sua família não abre mão de comer carne e de ter sobre a mesa os famosos perus e leitoas assadas, que tal você escolher carnes orgânicas, produzidas por pequenos produtores?

Evite comprar as aquelas produzidas pelos grandes produtores de carne em série. No interior é possível você achar pessoas que ainda produzem carne de maneira sustentável. 

 

Cuidado com o desperdício

Calcule bem a quantidade de comida, pois quando a mesa tem muita variedade, as pessoas tendem a comer só um pouco de cada prato.

Separe o lixo e encaminhe as embalagens para a reciclagem

 

Com essas dicas e muita criatividade você vai fazer uma ceia de natal diferente, sustentável, saborosa e alegre como deve ser a nossa vida.

Um abraço e boas festas.

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